30/08/2011

BULLYING


  Hoje venho falar um pouco de bullying, não somente por ser um assunto atual e importante, mas porque sei que muita gente procura a respeito na internet. Como a maior parte dos artigos são quase que copias uns dos outros, resolvi redigir algo diferente, mas com substancia.

  O que é bullying? Muitas definições o descrevem como atitudes agressivas repetitivas realizadas intencionalmente, que ocorrem sem motivação evidente causando dor e angustia. Ok! Mas na prática, o que é o bullying?  Sabe o Joãozinho, aquele repetente 2 anos mais velho que todos os alunos da sua turma que fica te intimidando, te batendo e te ridicularizando na frente dos outros? Então, esse cara é o autor do bullying. Todas as vezes que ele te empurrou, roubou teu lugar na fila, te tacou giz ou pôs o pé na sua frente pra você cair, isso foi a ação do bullying.

  Existe também outra modalidade de bullying, chamada de cyber-bullying, que é quando o Joãozinho te sacaneia por e-mail copiado para toda a turma, ou pelas redes sociais onde todos mundo pode ver e até mesmo pelo celular. Na maioria das vezes o Joãozinho é maior, mais velho, mais desenvolvido fisicamente e/ou tem apoio dos demais estudantes. Acredita-se que o Joãozinho aja desta maneira, não somente por este ser um comportamento considerado natural, mas também por algumas condições familiares adversas. Se compararmos, veremos que em geral o Joãozinho tem uma família desestruturada, relacionamento afetivo pobre, excesso de permissividade e práticas de maus-tratos por parte dos pais. Além destes fatores o Joãozinho também pode ter algum tipo de distúrbio de comportamento, desempenho escolar deficiente, hiperatividade e baixa inteligência.

  O mais assustador é que de acordo com um estudo feito pela ABRAPIA, 60,2% dos atos de bullying ocorrem dentro da sala de aula e dentre os alunos que buscaram auxílio dos professores para que cessasse o bullying, apenas 23,7% obtiveram sucesso. E pior ainda, 51,8% dos praticantes de bullying afirmam não terem recebido nenhuma orientação quanto a incoerência de seus atos.  Neste último exemplo entendemos outro motivo pelo qual Joãozinho pratica a violência. Muitos alegam que o bullying não chega aos olhos dos adultos, que as crianças não o relatam etc... mas na minha opinião é hipocrisia, é uma postura preguiçosa. Afinal, que adulto nunca foi criança? Nunca sofreu bullying? Todos nós sabemos que o bullying acontece e exatamente como acontece. Isso gera a sensação de impunidade nos praticantes do bullying.

  Talvez a pior característica do bullying, é ser tradicionalmente considerado como natural e com isso tolerado pelos adultos. E afinal o que é o bullying se não a própria violência? Só que praticada por crianças e adolescentes e em um ambiente escolar.  É ingenuidade pensar que o bullying não levará a nada, que não exibirá, em um momento futuro, seus efeitos catastróficos. Nos casos em que alunos invadiram escolas armados e atiraram contra colegas e professores, a grande maioria era vitima de bullying que recorreram as armas por não terem mais a quem recorrer para se livrarem da violência. E conforme mostram os fatos, nunca houve um alvo específico, entendendo-se que o objetivo era "matar a escola", local onde ocorriam as agressões sem proteção. 

  Além dos efeitos mais explosivos, mais retumbantes, pessoas que sofreram bullying quando criança tendem mais a depressão e baixa autoestima. Por parte dos agressores, existe a possibilidade de apresentar problemas de comportamento antissocial que gerará a perda de oportunidades, como a instabilidade no trabalho e relacionamentos afetivos pouco duradouros. O bullying é coisa séria e é fato que 41,6% das vítimas não contam a ninguém sobre o sofrimento que passam, mas também é fato que todos que se abriram para pais e educadores, o fizeram por sentirem que seriam ouvidos e que o problema seria enfrentado com firmeza.

  Pois bem, tanto falamos de bullying, ótimo! Mas como fazer para cessá-lo? Como mudar o comportamento das crianças e dos adolescentes? Observar o comportamento dos alunos é fundamental, seu convívio social. Ter ciência de que cada escola é um caso diferente e deve ser tratada dentro de suas particularidades, pois cada uma delas, as estratégias a serem desenvolvidas devem considerar sempre as características sociais, econômicas e culturais de sua população. É fundamental o envolvimento de todos, desde pais a todos os funcionários da escola para conscientizar o agressor e proteger vítima. Não se pode ter preguiça de educar, é necessário realizar ações contra o bullying continuamente. Você que é aluno, não apoie o bullying, dedure o Joãozinho. Claro, seja sigiloso, mas não deixe de dedurar, assim você estará se protegendo e protegendo sua escola. O Programa de Prevenção do Bullying criado por Dan Olweus também é uma ótima prevenção ao bullying, pois é considerado o mais bem documentado e mais efetivo na diminuição significativa de comportamentos antissociais e em melhorias importantes no clima social entre crianças e adolescentes.

Por: Um Lugar Escuro
CONTATO: umlugarescuro@gmail.com

29/08/2011

Mulheres que os homens querem!



O post de hoje é um resenha crítica do texto de Arnaldo Jabor, Os Homens Desejam Mulheres que não Existem. Difícil não concordar com Arnaldo Jabor, afinal, quem nunca se sentiu, como ele diz, mais solitário diante de tanta oferta de mulheres? Para os casados, fica aquele sentimento de mediocridade, pois se vive em um mundo de exageros onde somos levados a consumir mais e mais produtos (mulheres). Para os solteiros, que se apressam em conquistar mais e mais títulos (mulheres), fica aquela futilidade vazia do dia seguinte, onde só se supera, reiniciando novo desejo de conquista de novo título.  É evidente que nosso desejo sexual, fora a parcela natural, movida pelo instinto, é controlado pela indústria do sexo. É muito mais lucrativo para as industrias de cosmético, fármacos, moda, pornografia etc, manter a cultura da mulher ter que ser perfeita e o homem ter que querer possuir todas estas mulheres.

Se pensarmos esta realidade como consequência do feminismo brasileiro, podemos culpar ainda mais o movimento, que parece ter e estar seguindo o caminho inverso. Ao invés de conquistarem seu espaço, as mulheres se meteram em uma situação ainda mais complicada, porque se antes não precisavam de mais nada que não cuidar da casa. Hoje tem de cuidar da casa, tem que trabalhar fora, cuidar de filhos e marido além da beleza, do corpo atlético e tudo isso em uma guerra acirrada com os homens, para mostrarem-se capaz. As mulheres se livraram de uma condição onde agora se gabam de uma liberdade inexistente. É como a abolição da escravatura que só existiu no papel, mas até hoje temos trabalho escravo, a grande massa da populacional que recebe menos que o necessário para uma sobrevivência digna. Agora, ao invés de escravos negros, temos toda a grande massa trabalhadora. Não sei quem as puseram neste lugar, mas elas estão exatamente ai, achando que estão abafando enquanto em verdade continuam sendo nada mais que objetos de consumo.

Jabor fala que estas beldades inalcançáveis , se pudessem expressar seu real desejo, não estariam em revistas sexy. Será? Eu me pergunto. Enquanto houver procura, se criará oferta neste mundo do sexo capitalista. Se não fossem as revistas, seria outro meio, o importante é ser importante. Ser idolatrada, cobiçada, venerada, o importante é ser um sonho. Pois isso é necessário, esse objetivo a ser alcançado, se não, talvez, a vida fique monótona de mais. Isso não é de hoje, o ser humano sempre precisou de mais e mais. Não é suficiente ter um carro, tem que ser o do ano. Não é suficiente ter um apartamento, tem que ser a cobertura. Não é suficiente ter uma mulher, ela tem que ser perfeita. Para alimentar esse mercado fortemente abastecido são necessárias estas mulheres, algo totalmente utópico. É como aquele sapato de R$ 1.000,00 que na feirinha custa R$ 30,00. A loja de grife só cobra preços exorbitantes porque se cobrar barato a classe alta não compra. Faz parte do consumismo, querer comprar o mais caro, por julgar ser melhor, por demonstrar poder, por status.

E hoje em dia esse mercado de mulheres perfeitas é tão vasto que acabam, cada uma delas, se misturando e perdendo sua identidade. São tantas mulheres frutas, tantas popozudas que acaba que o que realmente aparece é uma ideia, um simbolismo e não a pessoa em si. As pessoas sempre buscam o amor, a felicidade, a paz... Nessa busca, nos vamos pondo em lugares que cremos estar nos levando ao que queremos, mas muitas vezes no enganamos.  É como estas mulheres perfeitas que posam na playboy por julgar dar-lhes status de gostosona. Malham sem parar porque sabem o quanto a beleza é valorizada hoje em dia.  No fundo no fundo, só querem respeito, atenção, amor... mas sem saber como conquistá-lo, obtém um falso amor pela atenção e desejo das pessoas que lhe cobiçam, seja passa possuir, seja por invejarem sua beleza.

Contudo, também não posso deixar de me perguntar se não é este tipo de pensamento, hipocrisia? Acredito que, óbvio, se estivesse do outro lado da coisa toda, não pensaria assim. Se fosse eu me contorcendo nu em uma revista erótica, provavelmente teria argumentos aos montes para provar que não me faço de objeto ou me vendo. O fato é que, hipocrisia ou não, creio não termos chegado ainda ao modelo ideal de sociedade que sabe lidar com o sexo.

Por: Um Lugar Escuro
CONTATO: umlugarescuro@gmail.com

LANÇAMENTO!



RESUMO: Ele era um jovem comum em busca da felicidade, de amigos, paixões e de sua identidade como criatura coexistente nessa sociedade complexa. Mas a vida não é tão simples e logo o esforço para vencer seus desafios se tornou tão grande quanto insuportável. O bullying na escola, as sovas injustas, a rejeição das garotas e até a falha por parte dos órgãos públicos tutelares o vieram abater. Nosso jovem confuso e inseguro decide então mudar as coisas, ganhar seu respeito e expor seus sentimentos. Contando com a cumplicidade de uma sociedade hipócrita a exercer uma pseudo-devoção às práticas de normas e boas condutas, esse rapaz conseguiu ir muito mais longe que o imaginado. E a comunidade se dividiu em dois grupos: aqueles que o amam e os que o odeiam. Decida em que grupo você está.

27/08/2011

A Sexualidade e a Falsa Moral


PARTE II


Faremos agora alguns recortes da lei que fala sobre o Ato Obsceno [Do ultraje público ao pudor (Artigos 233 e 234-CP)].“... A conduta punida é praticar ato obsceno, isto é, ato que ofenda o pudor público, objetivamente, de acordo com o meio ou circunstâncias em que é praticado. O ato pode ser real ou simulado, mas deve ter conotação sexual, não se enquadrando no dispositivo a manifestação verbal obscena...” “... Prática homossexual que, fazendo trottoir, deixa entrever seu corpo semi nu, vestindo com peças íntimas femininas (Tacr SP, julgados 87/416.RT637/280)...” Obs: Para se evitar equívocos e uma suposta indução de pensamentos, os artigos 233 e 234 serão anexados de forma integra no final deste trabalho. Como já foi citado mais acima neste trabalho à tendência de se criar novas leis com pressupostos mal trabalhados diante da população, estão causando mais uma divergência em nossa sociedade, na medida em que a população está se adaptando aos novos conceitos de orientação sexual, está sendo colocado em cheque um projeto de lei 5003/2001 (PLC 122/2006) que visa à punição em regime criminal de certos tipos de preconceitos em especial, para esse trabalho o preconceito homossexual.

Esse projeto de lei da à liberdade de expressar e de exercer a sua orientação sexual seja ela qual for, mais também deixa em aberto alguns pontos que estão sendo questionados por alguns líderes religiosos, que é o casamento religioso de um “casal” homossexual. Alguns líderes religiosos questionam que se a lei puni aquele que não “respeitar” o desejo do outro, digo isso na orientação sexual, se um homossexual tivesse o desejo de se casar dentro de uma entidade religiosa ele assim deveria ser concedido. Como a lei caracteriza certos tipos de descriminação os líderes questionam que se eles se negassem a casar parceiros homossexuais seriam punidos perante a lei PLC 122/2006, sendo levados até mesmo a prisão. Colocarei agora aqui recortes de um projeto de lei e de uma lei que já vigora para que tenhamos um melhor entendimento sobre o assunto abordado.“... Art.5º Impedir, recusar ou proibir o ingresso ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público; Pena: reclusão de um a três anos...” (PLC 122/2006)“... Art.8º-B. Proibir a livre expressão e manipulação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênico, sendo estas expressões e manifestações permitidas ao demais cidadãos e cidadãos; Pena: reclusão de dois a cinco anos...” (PLC 122/2006)“... Art.1º- A liberdade de consciência; de religião e de culto é invisível e garantida a todos em conformidade com a Constituição, a Declaração Universal dos direitos do homem, o direito internacional aplicável e a presente lei...” (Lei n.o 16/2001 de 22 de Junho)“... Art.3º- As igrejas e demais comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto...” (Lei n.o 16/2001 de 22 de Junho) Obs: Para se evitar equívocos e uma suposta indução de pensamentos o projeto de lei e a lei de Liberdade Religiosa serão anexados na integra no final deste trabalho. Para que o nosso trabalho mantenha uma linha de imparcialidade colocarei recortes de um blog que defende o projeto de lei (PLC 122/2006).“...

Nos últimos 30 anos, o Movimento LGBT brasileiro vem concentrando esforços para promover a cidadania, combater a discriminação e estimular a construção de uma sociedade mais justa e igualitária...” “... O projeto torna crime à discriminação por orientação sexual e identidade de gênero equiparando esta situação à discriminação de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, sexo e gênero, ficando o autor do crime a pena, reclusão e multa...” “... Ser homossexual não é crime. E não é distúrbio nem doença, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Portanto, religiões podem manifestar livremente juízos de valor teológico (como considerar a homossexualidade “pecado”). Mas não podem propagar inverdades científicas, fortalecendo estigmas contra segmentos da população...” “... Nenhuma pessoa ou instituição está acima da Constituição e do Ordenamento legal do Brasil, que veda qualquer tipo de discriminação...” Obs: Todos os recortes acima foram feitos a partir do blog (Orgulho Gay).

A discussão sobre a sexualidade e suas orientações ainda vão demandar de certo tempo para ter um real veredito dentro da nossa sociedade, na medida em que, não há uma verdade absoluta o que se deve pensar é; O que não nos permite enxergar que ao próximo como o meu irmão de espécie?“... De acordo com Patrícia Sexton, autora do livro THE FEMINIZED MALE (O HOMEM EFEMINADO), o homem é, de fato, uma criatura digna de piedade. Ele não fica efeminado apenas pela exposição durante toda a vida às normas sócias das mulheres, porém, sua tentativa de impor sua masculinidade muitas vezes resulta e num grande caso patológico social...” (Livro Psicologia experimental o fato de ser humano, Pg:161, L:26)“... Seja qual for o sexo biológico com que a criança recém nascida possa ser dotada, ela precisa ainda aprender o papel do seu sexo - precisa aprender o que é um homem e uma mulher. Para ter consciência de si mesmo como homem, cada um de nós precisa alcançar uma identidade como papel sexo - um conjunto de crenças acercada harmonia entre suas características biológicas e psicológicas...” (Livro Psicologia experimental o fato de ser humano. Pg:163, L:37)

Dando uma conclusão ao nosso trabalho, percebemos que a nossa visão também está atravessada por nossos Conceitos e Dogmas internos. Cremos que apesar de sermos atravessados constantemente por nossos desejas conscientes e inconscientes, podemos sim estabelecer uma relação de peso e medida a nossas ações com o outro. Será que os antigos textos bíblicos têm alguma relação de fato com os acontecimentos agora vividos? Ou de fato existe uma teoria viva do caos eminente, vivido antes e agora por nossa Sociedade, um efeito borboleta programado por nossa mente corrompida por atravessamentos do passado e de um suposto futuro da nossa humanidade? Uma frase de que gosto muito de carregar comigo e deixo para este leitor é “Não faça com o outro, o que você não quer que seja feito com você”. A única certeza que temos é que morremos. Então porque não deixar as barreiras que impedem nossos corpos de sentir Amor ao próximo de lado? Seja como for a vida é um sopa cheia de sentimentos.

Do blog: danielfoxgol.blogspot.com

Por: Um Lugar Escuro
CONTATO: umlugarescuro@gmail.com

Liberdade Religiosa (lei n.o 16/2001 de 22 de Junho).
Lei do Ultraje público ao pudor (Art.233 e 234-CP).

A Sexualidade e a Falsa Moral


PARTE I

 

Tenho lido muitos textos em blogs ultimamente em que me questiono quanto as suas utilidades. Mas recentemente me deparei com um blog cujo valor acredito, ser imenso. Textos como os que encontrei neste blog deveriam ser lido por todos, refletido e debatido. Mas não, o que se vê é uma baixíssima participação dos internautas nesta modalidade de blog e uma saturação em blogs “menos importantes”, digamos assim, entre aspas para não ofender ninguém. Blogs que falam de moda, balada ou das 10 dicas para enlouquecer um homem na casa. Em fim! Trago aqui um dos textos que mais me impressionou, repartindo-o em dois posts, por se tratar de uma longa citação e para melhor agregar as normas de formatação deste blog. Segue a primeira parte de A Sexualidade e a Falsa Moral, por Daniel Fox Gol (referencia ao link no final do post). Trabalho acadêmico cuja função é trazer uma perspectiva sobre uma sociedade que não se vê como foco das distorções que ela mesma combate:


A origem de uma sociedade é constituída na sua maioria, sobre uma falsa moral instituída por conceitos sem fundamentos ou até mesmo mal interpretados. O ser humano carrega consigo sua moral em todas as suas relações, mas vemos que muitas vezes mais forte que ela é a sua sexualidade, que pode ser explorada de forma exacerbada e gerar conflitos internos e externos. A sexualidade não tem beleza, quando levada para um lado instintivo de motivo somente reprodutivo ou algo envolvente para uma sensação de prazer exclusivamente pessoal. Com a evolução humana as sociedades se tornaram mais complexas e acabaram com muitas das características das relações sociais humanas, seguindo caminhos diversos trazendo à tona uma guerra entre o prazer pessoal, que está sendo reforçado pelas leis e o Zeitgeist em que vivemos.

Damos entrada agora na introdução do nosso trabalho com o tema: A Sexualidade e a Falsa moral, trazendo uma visão sobre uma sociedade que não se enxerga como progenitora das distorções que ela mesma combate e que se submete. Cada indivíduo percebe sua sociedade à sua maneira, ou seja, a sexualidade que faz parte das pessoas de uma sociedade é percebida de formas diferentes por cada indivíduo ou por grupos de indivíduos inseridos na mesma. As condições que vão levar a cada pessoa a lidar com as inúmeras variantes a respeito da sexualidade em relação com a sociedade e o contexto social em que vivem. Entendemos que uma sociedade que não conhece suas leis reage de forma equivocada às resoluções a respeito, por falta de compreensão dos populares e até mesmo dos políticos diretamente envolvidos com tais resoluções, fazendo assim leis em cima de leis, que ao invés de esclarecer e proteger a população, acabam criando mais discórdias e divisões na sociedade modificando dessa forma a proposta inicial que seria de mantê-la mais unida.

A questão da sexualidade em si, tanto na parte do gênero quanto em relação à opção sexual estão sendo discutidas ultimamente na mídia diretamente ligadas com o preconceito. Será que chegou à hora de discutir sobre as relações homo afetiva? Essa pergunta tem sido alvo de diferentes posicionamentos em nossa sociedade. E com ela outras questões são levantadas. Onde de fato seria o lugar do homossexual? Será mesmo que para serem reconhecidos os direitos de um indivíduo devem ferir o de outro? Não seria atribuição do governo criar leis necessárias para uma qualidade de vida da população ao invés de criar leis para gerar danos a sociedade, na medida em que causam divisões dentro dela? Será que as informações passadas à população têm a clareza necessária para o conhecimento de todos? A falta de informação cria um monopólio intelectual que faz com que os governantes e líderes do nosso país exerçam um controle não tão oculto sobre a mídia brasileira. Será que a repressão ainda existe? Um claro exemplo da falta de informação básica é a tentativa de criar um novo gênero social, ou seja, existe o gênero masculino e o gênero feminino e alguns querem criar o gênero homossexual. Será que de fato para demonstrar a existência de pessoas que já fazem parte da nossa sociedade precisamos criar um gênero novo para elas? Não seria isso uma estratégia do governo para instaurar uma falsa moral tentando maquiar algo muito mais complexo?

Todos nós somos diferentes e de alguma forma somos vítimas de preconceito, temos direitos que são desrespeitados todos os dias. O problema não é aceitar ou não o direito do outro, mas respeitar cada indivíduo tratando o outro como igual, é pensar no bem do próximo sem olhar pra detalhes insignificantes. Não somos nem melhores nem piores. Somos diversos e não iguais (Profº Henrique Rodrigues). Admirável é o homem que consegue reconhecer o seu reflexo no espelho (Daniel Leite). Não podemos nos deixar levar pela manipulação das informações que nos são dadas diariamente, porque isso pode afetar os caminhos dos pensamentos e comportamento social e cognitivo. Devemos nos lembrar sempre que a nossa transformação deve ser sempre de dentro para fora, para não nos tornarmos marionetes regidas por leis infundadas, ou melhor dizendo, mal formuladas, ou ainda melhor bem formuladas para um grupo seleto de pessoas com um foco distorcido, que infelizmente dominam nossos meios de comunicação e os utilizam para eleger seus candidatos que tem como única preocupação manter e moldar a sociedade, a partir dos seus desejos irremediavelmente ocultos para nós. Seguindo o conceito de manipulação da mídia, mais a falta de informação da população brasileira citaremos agora, alguns artigos legais que são desconhecidos pela grande massa da população ou que à mesma massa interpreta de forma equivocada.

Do blog: danielfoxgol.blogspot.com

Por: Um Lugar Escuro
CONTATO: umlugarescuro@gmail.com

Liberdade Religiosa (lei n.o 16/2001 de 22 de Junho).
Lei do Ultraje público ao pudor (Art.233 e 234-CP).

26/08/2011

Desculpa de aleijado é muleta!


Hoje venho falar de um tema que me incomoda. Este não chega a ser nem um post se quer, é mais um comentário que postei para ver a opinião de vocês. Seguindo essa linha critica sobre a preferencia dos brasileiros pelos produtos estrangeiros, venho citar o seguinte argumento que recebi em minha rede social. Essa semana, trocando mensagens com uma colega de Skoob, conversamos sobre livros que lemos e critiquei a preferencia exacerbada pelo estrangeiro. Preferencia é preferencia, é claro, temos a liberdade de escolher. Mas porque então não admitimos que preferimos única e exclusivamente, exatamente aquilo que a mídia nos oferta? Coincidência? Acho que não. Estudos mostram que produtos propagandeados vendem em média 67% mais.

O mesmo acontece com os livros, mas porque percebo uma dificuldade tão grande de admitir-se isso, que Coca-Cola não vende mais porque é boa, é boa porque vende mais. Sem hipocrisia, não lemos HP porque é incrível, lemos porque é best-seller. Nem temos chances de escolher, as livrarias expõem nas vitrines apenas os estrangeiros, separando 10% somente de todo o espaço da loja para livros nacionais e de autores menos populares. Pois bem, nesta conversa com minha colega ela, uma leitora – brasileira – alegou a maioria das pessoas que leem livros internacionais, o leem porque foram traumatizadas na infância, durante o período escolar, por terem sido forçadas a ler os famosos clássicos nacionais.

Ah! Pelo amor de Deus! Quer dizer que se eu fui forçado a estudar gramática, vou ficar traumatizado e começar a escrever em castelhano? Sejamos coniventes. Esse tipo de argumento me parece mais um daqueles que só servem para justificar, sem terem conexão com a realidade. É como o sujeito que diz que não compra livros porque são caros, mas está com um celular de R$ 1.000,00 no bolso. Deixar de ler livros nacionais porque tive de lê-los forçosamente na escola? Parece um argumento justo para você? Para mim não. Fui forçado a tantas coisas na escola e nem por isso deixo-as de fazer até hoje, como exercícios físicos nas aulas de Ed. Física por exemplo.

  Outro ponto que enfraquece esse argumento é o fato de o trauma por leitura nacionais levarem os leitores a lerem exatamente literatura norte-americana. Se o trauma é contra literatura brasileira, porque não ler livros como Resgate na Jordânia: o universo árabe de Luciana Savaget ou Filipino, de Aurora Quinn (você os encontra na Livraria da Travessa)? Porque só Stephenie Meyer ou William P. Young que são norte-americanos? Lembrando que não estou forçando ninguém a ler qualquer tipo de literatura, só estou questionando o porquê de ler tão preferencialmente o norte-americano e o inglês, se a literatura existe em todos os povos não tribais.

Então, vamos abrir o jogo e admitir?

Por: Um Lugar Escuro
CONTATO: umlugarescuro@gmail.com